Penetração da radiação no cérebro de crianças e adultos

Artigo que possui como autores dois professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dr. Cláudio Fernandez e Dr. Álvaro Salles, (2018) que pesquisam há anos os efeitos das radiações não ionizantes no corpo. Eles desenvolveram, em conjunto com outros autores, uma simulação da radiação penetrando no cérebro. Constaram que no cérebro de crianças a radiação penetra muito mais do que no de adultos. Na figura abaixo temos a simulação da radiação na cabeça de um usuário de 34 anos e outro em uma criança de 6 anos de idade. A radiação mais intensa está em amarelo. Nota-se que a cabeça da criança fica percentualmente mais amarela do que a do adulto. A criança possui em média uma absorção 2 x maior da radiação no cérebro do que um adulto.

Link para a figura do Environmental Health Trust.

É interessante saber que os celulares que compramos não são testados para usuários de cabeças pequenas, como crianças e mulheres. O celular é testado com uma cabeça de grande porte considerada padrão de um adulto do sexo masculino. Não se considera que uma cabeça menor implica em uma menor distância do celular ao centro do cérebro. O crânio de uma criança é mais fino e isto facilita a transmissão da radiação. O cérebro da criança possui menos gordura e mais fluídos do que a de um adulto facilitando a propagação da radiação. ´É necessário a demanda de testes com aparelhos para diferentes tamanhos de cabeças e idades conforme a figura acima.